“All That Jazz”
Bessie Smith figura entre as principais expoentes do jazz americano. Unanimidade entre as décadas dos anos 20 e
Em 1808 mais de meio milhão de escravos negros teriam deixado a pátria para ingressar como força de trabalho na expansão e crescimento das cidades americanas. As colônias e povoamentos negros recorreram às tradições africanas na manutenção dos mitos e ritos dos povos desfragmentados. A música possuiu papel fundamental na motivação e na realização dos afazeres e trabalhos braçais a que eram impostos. O Place Congo,
Aos poucos, os artefatos rudimentares trazidos pelos negros africanos foram substituídos por instrumentos europeus. Músicos negros passaram a tocar violino, piano, instrumentos de corda e sopro. A influência européia sobre a música afro-americana deu origem ao jazz.
O movimento surgiu no início do século passado e produziu diversas derivações. Ragtime, Dixieland, Swing, Bebop, Hardbop, Cool Jazz e Free Jazz foram algumas dessas ramificações. Igualmente importantes, as fusões jazzísticas causaram relevante contribuição no decorrer dos anos. Os encontros do jazz com o rock, blues e salsa foram celebrados em diferentes épocas. Mais modernos, o Nu Jazz e o Jazz Eletrônico clamam por novas gerações de apreciadores.
Eric Hobsbawm nos conduz sabiamente numa jornada que passeia pelos principais momentos da história do jazz. Obedecendo a uma ordem cronológica, o livro divide-se em 4 partes: 1) pré-história, de
A genialidade de Hobsbawn permeia-se na maestria em tratar do jazz como matéria de pesquisa social. A constância racial na música incendiária dos becos negros e dos bairros étnicos americanos. A edificação de um estilo musical como expressão urbana de uma sociedade fundada em moralismos e princípios falidos. A música como elemento de resistência. As mutações no consumo de brancos e pretos. O jazz como entretenimento cultural de trabalhadores pobres. A história do movimento construída em paralelo com a sociedade americana contemporânea, seus preceitos e dicotomias.
A delicadeza e a lucidez de Hobsbawn ao abordar o embate vitalício entre os músicos de jazz e a indústria fonográfica são comoventes, e propiciam uma reflexão extrínseca às páginas do livro. Compreender o movimento é fundamental para separarmo-lo de causas descontextualizadas, meramente comerciais. As inconstâncias dos festivais de jazz atuais. A obviedade do repertório de Diana Krall. As canções de Baden Powell na voz de Jane Monheit. Norah Jones com standards tecnicamente impecáveis. Esperanza Spalging e Leny Andrade são raridades. Certamente, Hobsbawn as escuta.
O estilo, o ritmo, a cadência, a sonoridade e as referências do livro tornam a leitura deliciosa. Como a voz de Sarah Vaughn ou o sax de Charlie Parker. Sabor de jazz. Talvez seja este o maior trunfo de Eric Hobsbawn.
5 comentários:
Absurda!!!! U blow me away!!!
Belíssimo ilustração do cenário do jazz. Uma aula!
Abraços,
Pedro
Delícia!
Uma refeição completa este texto. Aperitivo, prato principal e sobremesa.
Vou agora colocar Ella para tocar!
Bon Apetit!
Sarahhhhh
Obrigado por isso! Lírico!
Beijos,
Nessa
Olá,
meu nome é Larissa, eu tenho 09 anos e minha tia da escola pediu um trabakho sobre um tipo de musica. Minha mãe carla pediu para eu ler seu texto, Eu gostei muito. você escreve dificil e palavras bonitas, mas eu entendi e tirei uma nota bem legal no meu trabalho. vc me ajudou muito, obrigado. minha mae fala muito bem das coisas que vc escreveu... ma ela diz que eu ainda não vou entender, so esse do jazz. entao eu leio os outeos depois...
bejos
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